Controle Tecnológico de Solos

Materiais inconsolidados: os diversos tipos de solos

Controle Tecnológico

Aterro compactado
Aterro compactado

O Controle Tecnológico visa controlar em termos de qualidade os solos aplicado em obras. Para esse controle de parâmetros ele toma como base documentos técnicos da obra (especificações técnicas, projetos, dentre outros). Abaixo seguem as etapas constituintes desse acompanhamento contínuo durante a execução: 

  1. Acompanhamento do serviço de terraplanagem;
  2. Análise de áreas/volumes frente a parâmetros dos documentos técnicos ocasionando em liberação ou reprovação e retrabalho para nova verificação;
  3. Execução nas frequências adequadas de todos os ensaios de controle (ensaios de bancada e campo) previstos nas especificações técnicas e projetos. Análise desses resultados comparativamente aos parâmetros/faixas estabelecidos nos documentos técnicos.

Ensaios in situ em materiais inconsolidados: os diversos tipos de solos

Amostragem de solos - NBR 9604

O processo de caracterização de um solo se inicia com a etapa de amostragem, a coleta propriamente dita de uma quantidade representativa do solo a ser analisado. As amostras coletadas podem ser deformadas (ex: ensaio de granulometria) ou indeformadas (ex: ensaio triaxial).

Densidade pelo Frasco de areia - NBR 7185

Método de cálculo densidade aparente seca in situ em materiais não coesivos com a utilização do conjunto frasco de areia (frasco, funil, bandeja) e areia calibrada (com densidade determinada em laboratório).


Densidade pelo método de Hilf - NBR 12102 / Cilindro de cravação - NBR 9813

Método para calcular o grau de compactação (GC) e estimar o desvio de umidade (Δh) em materiais coesivos sem a necessidade de determinar a umidade do material (ha) e sua umidade ótima de compactação (hot).

Umidade - Método frigideira - NBR 16097

Método de determinação da umidade em campo por secagem na frigideira. É uma alternativa que apresenta como vantagem a rapidez, porém tem precisão reduzida em relação à determinação em laboratório.  

Permeabilidade 

Os ensaios de permeabilidade in situ podem ser classificados de acordo com o modo de realização (a nível constante ou a nível variável) e diferencial de pressão aplicada (positivo ou carga e negativo ou descarga). Um exemplo é o ensaio de infiltração realizado a nível constante e com pressão aplicada positiva (carga). 

Sondagem a trado - ST - NBR 9603

Tem por objetivo a amostragem de materiais em diferentes profundidades para caracterização dos horizontes de um determinado solo. Para essa amostragem são utilizados os trados do tipo concha e helicoidal.

Resistência à penetração - SPT - NBR 6484

Ensaio SPT (Standar Penetration Test) que tem por objetivo correlacionar a resistência à penetração com os índices físicos dos solos. 

Poço de inspeção - PI - NBR 9604

Tem por objetivo a amostragem de materiais em diferentes profundidades para caracterização dos horizontes de um determinado solo. Essa amostragem pode ser com a abertura de poço em geometria circular ou quadrada e utiliza da pá e picareta para o avanço e amostragem.

Compressão simples (penetrômetro de bolso)

Ensaio in situ utilizando o penetrômetro de bolso. 

Cisalhamento (Vane Test ou teste das palhetas) - NBR 10905

Ensaio de resistência ao cisalhamento in situ aplicado a solos argilosos.  

Ensaios em laboratório em materiais inconsolidados: os diversos tipos de solos

Granulometria (peneiramento e sedimentação) - NBR 7181

O ensaio de granulometria tem por objetivo a obtenção de uma curva granulométrica que permite: a classificação do solo, determinação do diâmetro efetivo, determinação dos coeficientes de uniformidade e curvatura. O ensaio de granulometria por peneiramento analisa partículas de solos acima de 0,075 mm enquanto a sedimentação analisa partículas abaixo dessa dimensão.


Densidade real (pelo picnômetro) - NBR 6458

Método de cálculo da densidade em laboratório com a utilização de vácuo aplicado por uma bomba nos picnômetros contendo água e amostra.




Umidade natural - NBR 6457

Método de determinação da umidade em laboratório por secagem na estufa. É uma método de maior confiabilidade de resultados por ser realizado em condições controladas de temperatura, nivelamento de superfície e vibrações (correntes de ar).




Limites de Consistência - NBR 6459 e NBR 7180

O limite de contração é o teor de umidade entre os estados sólido e semissólido do solo. O limite de plasticidade é o teor de umidade entre os estados semissólido e plástico do solo. O limite de liquidez é o teor de umidade entre os estados plástico e líquido do solo. 

Teor de matéria orgânica - NBR 49

A matéria orgânica presente nos solos afeta sobretudo os agregados miúdos (areia) no seu emprego no concreto. 

Permeabilidade - NBR 13292 e NBR 14545

No ensaio de permeabilidade a carga constante a água que atravessa o corpo de prova é ajustada de forma que a diferença de carga entre a entrada e saída permaneça constante.

No ensaio de permeabilidade a carga variável a água de um piezômetro flui através de uma amostra de solo.

Compactação - NBR 7182

O ensaio de compactação tem por objetivo traçar a curva de compactação que relaciona os teores de umidade do solo compactado em uma energia escolhida com a massa específica aparente seca. O objetivo desse ensaio é conhecer o comportamento do solo e simular situações a serem executadas em campo. 

Índice de vazios máximo de solos não coesivos (Compacidade relativa)

Esse método tem o objetivo de determinar o índice de vazios máximo de solos granulares, não coesivos. Esse valor entra no cálculo da compacidade relativa.  

Índice de vazios mínimo de solos não coesivos (Compacidade relativa)

Esse método tem o objetivo de determinar o índice de vazios mínimo de solos granulares, não coesivos. Esse valor entra no cálculo da compacidade relativa.  

Adensamento Oedométrico 

O objetivo do ensaio de adensamento é o de definir as características de compressibilidade dos solos argilosos. Nesse ensaio se procura determinar o índice de vazios que o solo tem para cada nível de tensão vertical. 

Cisalhamento direto

O objetivo do ensaio de cisalhamento direto é o de determinar a resistência a ruptura por cisalhamento dos solos utilizando da "caixa de cisalhamento". É um ensaio mais simples que o triaxial, onde não ocorre o controle da poropressão e não se simula a situação não drenada.

Triaxial

O ensaio triaxial é utilizado para determinar a resistência ao cisalhamento do solo em condição drenada e não drenada. De forma geral contempla etapas de: extração de cp, adensamento (aplicar carregamento de campo) e cisalhamento. Os resultados do ensaio são o ângulo de atrito e a coesão, sendo que ele pode ser executado por diferentes metodologias: ensaio consolidado drenado (CD - "ensaio lento"), ensaio consolidado não drenado (CU - "ensaio rápido") e ensaio não consolidado não drenado (UU).

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